Dando continuidade ao nosso assunto – GLO e tráfico de drogas – falaremos hoje sobre o crescimento do comércio de entorpecentes em nosso país e suas consequências. Para saber mais sobre o assunto, siga conosco até o final!
O CRESCIMENTO DO TRAFICO DE DROGAS NO BRASIL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
As drogas estão presentes na sociedade brasileira desde o século XIX. No início, a cocaína e a maconha faziam parte dos ciclos sociais, sendo que a primeira era utilizada pelos mais ricos, enquanto a segunda era usada pelos menos abastados.
No início do século XX iniciaram-se políticas que visavam combater o comércio e a utilização de entorpecentes, sendo editadas as primeiras normas repressivas às drogas (décadas de 1920 e 1930 do século XX). Com a vinda da legislação atual (Lei nº 11.343/2006), consagrou-se o modelo eminentemente repressivo e reativo no trato do fenômeno “drogas”, resultando na criminalização do comércio e também do porte de entorpecentes para uso próprio.
Porém, os dados sobre uso e tráfico de entorpecentes demonstram que o sistema atual está sendo ineficiente no combate às drogas. Estudos mostram que o Brasil passou a ser um dos maiores mercados consumidores de substâncias entorpecentes da América latina e a ter o maior número de usuários de cocaína da América do Sul (UNODC, 2014).
Apesar do expressivo volume de apreensões de drogas no país (35,7 toneladas de cocaína em 2013), as organizações criminosas têm expandido seus mercados e lucros. O número de usuários cresceu e o tráfico de drogas ganhou capilaridade em todo o país e, atualmente, o mercado das drogas possui um lucro bilionário.
Pesquisas realizadas pelo G1 em 2017, mostram que um a cada três presos no Brasil respondia por tráfico de drogas. Outros dados apontam que, ainda no ano de 2017, 78% dos homicídios ocorridos no estado do Rio Grande do Norte, possuem relação com o tráfico. Já na região sul, mais precisamente em Curitiba – PR, 78% das mortes violentas de 2019, possuem algum tipo de relação com o Tráfico de Drogas.
Além do crime de homicídio, delitos de porte e posse de arma de fogo, bem como os de cunho patrimonial como roubo, estão intimamente relacionados ao tráfico de drogas, razão pela qual o seu crescimento gera o aumento da criminalidade do país.
CONCLUSÃO
Parece inquestionável que o modelo de repressão ao tráfico de drogas no país necessita de realinhamento e de uma nova leitura. Deve-se começar a pensar em mais integração entre as instituições policiais (Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar) e órgãos de persecução penal (Ministério Público e Poder Judiciário), a fim de que as medidas sejam mais efetivas e capazes de frear de vez o comércio ilegal de entorpecentes, visando uma melhoria significativa na segurança pública.
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D. Ribeiro é Advogado Penal e empresarial na Capital – SP – Brasil, e possui também um canal no Youtube chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873
