Semana passada, dando prosseguimento à série de casos mais emblemáticos do júri, falamos sobre o famoso caso da Rua Cuba, o assassinato, sem resolução, do casal Maria Cecília e Jorge Bouchabki, mortos dentro de casa,
Hoje abordaremos um crime que, com certeza, você lembra e que marcou todo o país, fazendo com que os brasileiros acompanhassem o desenrolar dos fatos ao vivo pela televisão: o caso Eloá.
Fique conosco até o final para relembrar esse marcante episódio.
O CRIME
Em 13 de outubro de 2008, por volta das 13h, Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, no bairro Jardim de Santo André, em Santo André/SP, mantendo ela e outros 3 colegas em cárcere. Inicialmente, Lindemberg liberou dois reféns, permanecendo com Eloá e Nayara Rodrigues da Silva, sob seu poder. Era o início de um terror que duraria cerca de 100 horas e faria o país inteiro parar suas vidas e acompanhar o desenrolar da história pela televisão.
Na noite do dia 14 de outubro, Nayara foi liberada pelo sequestrador e deixou o local. Porém, no dia seguinte, a polícia chamou a jovem e pediu para que ela voltasse ao local para ajudar nas negociações. A jovem acatou o pedido dos policiais e retornou, inesperadamente, ao cativeiro.
Após mais de 100 horas de cárcere privado, já na noite do dia 17 de outubro, os policiais do Batalhão do GATE e da Tropa de Choque da PMSP explodiram a porta e invadiram o apartamento sob o pretexto de que ouviram um disparo de arma de fogo. Nos 15 segundos havidos entre a explosão da porta e a efetiva invasão policial, Lindemberg disparou contra as meninas.
Eloá foi atingida na cabeça e na virilha, ferimentos que a levaram a óbito por morte cerebral. Já Nayara, levou um tiro no rosto, mas sobreviveu.
O JULGAMENTO E A SENTENÇA DE LIDEMBERG
O sequestrador Lindemberg foi a júri popular em 13 de fevereiro de 2012, três anos e quatro meses após os fatos. Foram três dias de oitiva de testemunhas e debates entre o Ministério Público e a defesa do réu. Neste júri, a advogada disse em plenário para a juíza, que ela precisava voltar a estudar para conhecer o princípio da verdade real.
Ao final, os jurados condenaram Lindemberg Alves Fernandes por todos os doze crimes pelos quais ele foi denunciado: um homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, cinco cárceres privados e quatro disparos de arma de fogo. A sentença dada em primeira instancia foi de 98 anos e 10 meses de reclusão.
A sentença foi reformada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e a pena final do réu foi de 39 anos e 3 meses de reclusão.
CONCLUSÃO
O caso de Eloá Cristina foi, sem sombra de dúvidas, muito marcante, até porque não é o protocolo da polícia deixar o refém retornar ao cativeiro. A possibilidade de acompanhar ao vivo os momentos de terror vividos pelas duas jovens gerou imensa comoção nacional e internacional. Infelizmente, mesmo frente a toda ação policial e negociações com o sequestrador, a história teve um desfecho muito trágico.
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D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital – SP – Brasil, e possui também um canal no Youtube chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873
A começar do pai, deixar uma criança de 15 anos namorar com um homem de 22, o réu não entendia que a menina só tinha quinze anos e que adolescente muda de ideia a respeito de relacionamento, adolescente quer viver, estudar, passear e brincar. A maioria culpa a Polícia quanto ao desfecho, mas na realidade o Réu estava com sentimento de posse, e esgotou seu limite quanto te-la como refém. Mas de qualquer forma ele já estava determinado a ceifá-la.
Um terrível, injusto e atroz feminicídio. Muito triste.
grato por participar
Uma sequência de erros que culminou numa tragédia.
Grato por participar
grato por participar