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No artigo anterior sobre aumento da violência no Brasil, constatado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, verificou-se que alguns tipos de crimes predominam no Brasil.

Daí a importância da sistematização de informações sobre mortes violentas para que políticas públicas para redução das mesmas sejam elaboradas com mais eficiência.

Neste artigo, trataremos da importância dos dados atualizados sobre os índices de violência no Brasil e como eles impactam na formulação de políticas públicas. Confira!

Traçando o mapa da violência no Brasil

As vítimas de mortes violentas no Brasil têm características específicas e atingem um perfil específico na grande maioria dos casos.

Os dados consolidados mostram que os homens representam 93,1% das vítimas de homicídio doloso.

Constatou-se também nos dados de 2020, que nos homicídios dolosos (englobando feminicídios), 75,8% das vítimas eram negras e 23,8% brancas.

Para as mortes decorrentes de intervenção policial, 78,9% das pessoas vítimas dos confrontos são negras.

A partir da análise desses dados é fácil compreender o fator social que implica nas mortes de pessoas negras em maior número, vez que a maioria delas residem em regiões periféricas e comunidades carentes.

Retrato da violência contra a mulher

No ano da pandemia, diante da dificuldade de registrar ocorrências, constatou-se uma pequena redução no registro de ocorrências de violência contra a mulher.

No entanto, 230.160 mulheres denunciaram um caso de violência doméstica, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o que é um número bastante expressivo.

Ainda segundo o documento, em 2020 o país teve 3.913 homicídios de mulheres, dos quais 1.350 foram registrados como feminicídios, média de 34,5% do total de assassinatos.

A taxa de homicídios de mulheres caiu 2,1%, passando de 3,7 mulheres mortas por grupo de 100 mil mulheres em 2019 para 3,6 mortes por 100 mil em 2020.

No entanto, os feminicídios variaram de 0,7% na taxa, que se manteve estável em 1,2 mortes por grupo de 100 mil pessoas.

Os números absolutos impressionam: 1.350 mulheres foram assassinadas por sua condição de gênero, ou seja, morreram por ser mulheres.

Conclusão

Diante deste cenário, resta clara a influência do fator social, como elemento que contribui para que as mortes violentas, afetando pessoas que vivem em regiões mais pobres, e que são em sua maioria negras, inclusive no caso do feminicídio.

Assim, qualquer política pública que venha a ser formulada deve levar em consideração também essa questão, entendendo o cenário de maneira ampla e buscando soluções efetivas também em formulação de políticas sociais e de proteção a mulher.

Continue acompanhando nossos artigos e fique por dentro do que acontece de mais importante no mundo jurídico no Brasil.

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D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital – SP – Brasil, e possui um canal no you tube  também chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873

Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública

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  • wagno1967 diz:

    As políticas públicas necessárias não acrescentam votos. Para muitos políticos é melhor manter o povo dividido entre pretos e brancos e ricos e pobres. As pessoas de bem querem trabalho e dignidade. Quando o tráfico rouba os atributos dos governantes e impõe a sua vontade dentro das comunidades o círculo vicioso é alimentado sem interrupção.

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