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Na nossa série de “casos mais emblemáticos do Júri” já falamos de três casos bem marcantes: Doca Street, Daniella Perez e Suzane von Richthofen. Todos casos recheados de muita violência e crueldade. Hoje iremos abordar o primeiro caso midiático de assassinato em família: o famoso e insolúvel, caso da Rua Cuba.

Quer saber mais desse caso que ganhou repercussão nacional? Então, siga conosco até o final.

O CRIME

No dia 24 de dezembro de 1988, véspera de natal, o casal Maria Cecília e Jorge Toufic Bouchabki, pertencente à alta sociedade paulistana, foi encontrado morto dentro de sua residência, localizada na Rua Cuba. Ambos foram assassinados com tiros de revólver na cabeça.

Às 7h da manhã do dia dos fatos, o filho mais velho do casal – Jorge Delmanto Bouchabki – se deslocou até a casa de sua namorada convidando-a para um passeio, atitude que causou estranhamento na garota.

No período da tarde, Jorginho voltou para sua residência e encontrou as empregadas e seu irmão intrigados, pois, até então, seus pais continuavam dentro do quarto, o que não era comum. Assustado com a situação, o primogênito chamou a polícia para poder averiguar se estava tudo bem, momento em que Maria Cecília e Jorge Toufic foram encontramos mortos em sua cama.

A cena do crime chamou atenção, pois não havia sinais de arrombamento ou invasão externa, e a perícia apontava que os corpos foram mexidos e o local do crime arrumado. Os policiais não encontraram a arma utilizada no homicídio e tudo levava a acreditar que o assassino eram alguém de dentro da casa.

A polícia começou a trabalhar com a hipótese de que o criminoso seria Jorginho por vários motivos: tratava-se de um rapaz agressivo que já tinha atentado contra a integridade do pai, ao acertá-lo com uma prancha de surf e vinha dando muito trabalho aos pais. Além disso, Jorginho foi quem entregou a chave do quarto dos pais à polícia, ou seja, ele poderia ter entrado no local dos fatos, executado o casal e saído em sequência. Por fim, o jovem demonstrou bastante frieza ao se dirigir para o clube após para se divertir, logo após saber da morte dos pais.

INOCENTADO PELOS TRIBUNAIS, ACUSADO PELA IMPRENSA

Como sabemos, o rito do júri se divide em duas fases. Na primeira, após ser feita toda a instrução preliminar (denúncia, produção de provas, audiência de instrução e julgamento), o juiz concursado decide se o réu será ou não levado a Júri Popular.

No caso da Rua Cuba, o Ministério Público de São Paulo denunciou Jorge Delmanto Bouchabki, porém, o juiz impronunciou o jovem por ausência de provas. Assim, não houve julgamento pelo tribunal do Júri nesse caso.

Entretanto, durante anos a imprensa alimentou o assunto, julgando o filho mais velho do casal por seu homicídio, mesmo sabendo da ausência de provas capazes de comprovar essa teoria.

Em 2018, Jorginho deu uma entrevista na qual afirmou: “Eu nunca fui tratado como suspeito. Ser fosse tratado como suspeito eu até entenderia. Mas me trataram sempre como culpado. Eu fui condenado pela imprensa”.

CONCLUSÃO

Esse caso não teve solução, ninguém foi condenado pelo crime cometido contra o casal Bouchabki. Há apenas teorias de que Jorginho é o assassino dos pais. E aí, você concorda com essa teoria? Deixe sua opinião nos comentários!

Esse artigo foi sugerido pelo leitor e Advogado, Dr. Luiz Euzébio. Quer saber mais sobre algum caso ou assunto? Deixe sua sugestão!

Você também pode deixar uma avaliação no Google, dizendo o que achou do artigo.

D. Ribeiro é Advogado Criminal na Capital – SP – Brasil, e possui também um canal no Youtube chamado Notícias do Ribeiro, para falar direto comigo basta clicar aqui 👉 https://wa.me/5511954771873

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